domingo, 27 de abril de 2008

Sobre vampiros e homens azuis

Ontem foi dia de Virada Cultural. Na verdade hoje também. Até poucas horas atrás, a cidade ainda estava em polvorosa com as centenas de atrações gratuitas. Resolvemos, então, partir para o centro da cidade em busca de um programinha diferente para o sábado a noite. Nosso destino: a Galeria Olido, onde alguns filmes da Mostra Internacional de Cinema e outros sobre vampiros estavam sendo exibidos.

Sangre de Virgenes e Generik Vapeur. Cada coisa!

Poucos minutos antes de entrarmos na primeira sessão, vimos uma movimentação na rua e, de repente, avisto um homem empoleirado em cima de um telefone público. Ele tinha o rosto, os braços e as pernas cobertos de tinta azul e vestia um terno cinza. Que é isso? Corremos para fora e todos olhavam para cima. Um susto! Outros quatro homenzinhos azuis desciam o prédio da Galeria Olido amarrados em cordas. Eles não deslizavam calmamente (maneira que eu já acharia perigosa), mas saltavam e pulavam dando voltas no ar.

Ficamos observando extasiados até que eles chegassem ao solo. Bem verdade que, antes de concluir a arriscada missão, tiraram umas finas das cabeça na platéia. No final, acabamos não conseguindo ver a performance inteira porque nosso filme estava prestes a começar. Ficamos sabendo depois que o show incluiria ainda uma grande pirâmide e um carro em chamas.

Mais tarde, acabamos encontrando com os acrobatas no camarim, que ficava dentro da própria galeria, mas descobrimos que a próxima apresentação só começaria às três e meia da manhã. Decidimos não esperar. O resultado foi um enorme gostinho de quero mais! O grupo se chama Générik Vapeur e é composto por artistas franceses. Sabendo disso, fica ainda mais difícil imaginar quando poderemos vê-los de novo!

Enquanto isso... um trechinho da Bivouac, mesma coreografia apresentada na Virada.



Conclusão 1: acho queria ter uma profissão assim. Saltar de uns prédios, sair correndo na rua...

Conclusão 2: o filme argentino sobre vampiros que vimos era o mais trash de todos os tempos. Mas também um dos mais engraçados que eu já vi na vida. Tão tosco que é bom, sabe?