quinta-feira, 29 de maio de 2008

Chez Juarez!

Como o resultado da votação lá no Espírito Santo já foi revelado e eu até já ganhei uma revistinha, posso contar uma história que foi, sem dúvidas, a melhor da minha viagem para Vitória. A história do dia que eu conheci o chef Juarez Campos, visitei seu restaurante e até a sua casa.

Antes de mais nada, existem dois motivos fundamentais que já me fariam gostar do chef Juarez, independentemente de todo o resto. O primeiro é que ele é a prova viva de que não há um tempo certo para escolher o que fazer da vida. As vezes, uma mudança quando você já está quase chegando aos 40 anos pode ser a solução. E a segunda coisa é que, ao contrário do que muita gente pensa, não são só os riquinhos que estudam na Le Cordon Bleu que podem fazer gastronomia. Dá para se esforçar e seguir a vocação mesmo se você não tiver os maiores recursos do mundo.

Digo isso tudo porque antes de pegar nas panelas, Juarez Campos formou-se em farmácia e bioquímica e durante 20 anos foi professor universitário. Ele começou a cozinhar quando mudou-se para a capital capixaba e foi morar em uma república. Na casa, onde só viviam homens, ninguém cozinhava. Juarez começou a preparar algumas das receitas que a mãe ia lhe ensinando e os pratos receberam muitos elogios. Como ele mesmo diz, isso acontecia nem tanto porque eles eram saborosos, mas porque eram os únicos na casa.

Durante as duas décadas em que lecionou Química, ele fez, paralelamente muitos cursos de gastronomia. Uma vez por semana, Juarez assistia as aulas do chef Laurent Suaudeau, que comanda uma das mais conceituadas escolas de gastronomia de São Paulo. Por quatro anos, todas as quartas-feiras, ele visitava a capital paulista só para ir aos cursos e voltava na mesma noite, sempre de ônibus. Chegava em Vitória na hora da primeira aula de quinta-feira.

Neste tempo, Juarez gastou todo o dinheiro do salário de professor para pagar viagens internacionais. Visitou a Itália, a França e em cada cidade que parava queria conhecer restaurantes e visitar a cozinha de cada um deles. Ele conta que só em Nova York conseguiu fazer estágios em oito grandes restaurantes.

Juarez decidiu, então, largar o magistério e montar seu primeiro restaurante, o Oriundi, na garagem do cunhado. A casa deu muito certo e hoje Juarez comanda três bem conceituadas cozinhas em Vitória. Os frutos do trabalho duro podem ser vistos em sua casa, que tem cozinha com equipamento profissional e armários e mais armários forrados de livros sobre gastronomia. O audi novinho, porém, fica na garagem. O chef Juarez sai todas as noites para visitar os restaurantes pilotando uma scooter.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Eu desejo...


Quando eu assoprar as minhas 22 velas e cortar o meu bolinho hoje a noite, tudo que eu vou desejar é um brigadeirão como esse ai em cima. E dia 21 de julho eu realizo o meu pedido. Afinal, o que são mais dois mesinhos para quem já esperou que quatro, não é mesmo? E por enquanto eu fico com os beijinhos, cajuzinhos e bichos-de-pé da vida!

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Ir para o JUCA é...

Se espremer para caber no carro

E apertar ainda mais para entrar na barraca

Andar de ônibus

E se divertir andando de ônibus

Ser um pouquinho falsa

Presenciar a pausa dramática do Ju ao som de "ele senta, eu sei que senta..."

A Bia com cara de paisagem

O Fel com gravatinha borboleta

Dançar na quadra

Conhecer o cara com a calça mais sexy do mundo

Tirar foto com um desconhecido no meio da batucada da bateria

Ficar bem no meio da torcida adversária

E nem por isso brigar com os seus rivais

Flagrar uma polêmica na vizinhança

Ter um vizinho corinthiano

Abrir a cerveja no dente

Sair de casa, dar um passo e chegar na balada

Descobrir que tinha mais alguém querendo sair na foto mas não saber quem é

quarta-feira, 21 de maio de 2008

JUCA

Lalá lalalálálá Lalá lalalalalálálá
Eu sou sempre Cásper
Lalalálálá
Sempre contigo Cásper
Lalalálálá
Só eu sei!
Porque eu não fico em caSAA


Comprei um quilo de farinha
pra fazer farofa
pra fazer farofa-fá
E tubarão pra mim é sardinha,
Metô é lá na roça,
Metô é lá na roça-çá
E na FAAP só galinha,
ECA nem de graça
ECA nem de graça-çá
E a BA pequenininha
a PUC é uma bosta
a PUC é uma bosta-tá

Olha nós de novo aí
Quatro dias sem dormir
Sem tomar banho,
que assim seja,
quatro dias só na breja
Eu sou mais Cásper!
ooooooooooooooooooo
Cásper Líbero

Estou cantando as musiquinhas enquanto arrumo minhas malas e amanhã é pé na estrada....

terça-feira, 20 de maio de 2008

O cão da delegacia

Ontem, depois de uma experiência ruim, mas não terrível, fui para a delegacia fazer o boletim de ocorrência do roubo do meu carro. Fico impressionada como o ambiente das delegacias é pesado, realmente horrível. As pessoas que estão lá ou sofreram ou cometeram um crime e os funcionários não têm a mínima estrutura para trabalhar. Eles têm de passar o dia escutando uma incansável impressora matricial muito, mas muito barulhenta.

Porém, como tudo que aconteceu no dia de ontem, minha visita à delegacia também poderia ter sido muito pior. Isso porque, além de não demorar seis horas para fazer um B.O. (caso a mulher que estava na minha frente na fila), tive uma companhia especial ao meu lado. Lógico que a presença da família em peso foi o que me manteve de pé. Mas um pequeno vira-lata preto e marrom, que se encostou na minha perna e depois sentou na cadeira ao meu lado fez a diferença.

É a segunda vez que eu tenho essa sensação. Em agosto do ano passado, quando passei por uma situação muito parecida, lembro de olhar para as minhas cachorras e achar um conforto diferente. Eu tento entender porque me sinto assim. Acho que é porque quando alguém rouba algo de você, acima da frustração pela perda material há uma frustração profunda com as pessoas em geral. Normalmente, tentamos ignorar a existência de pessoas violentas, mesquinhas ou simplesmente desesperadas. Vivemos nossas vidas paralelamente à delas e quando acontece de você dar de frente com uma pessoas assim, o choque é inevitável.

Nessas situações, quando olhamos para os olhos dos cachorros vemos uma inocência que nos parecia perdida. Acho que o que eu queria mesmo era continuar como aquele cachorrinho no banco da delegacia: ignorando todas as maldades do mundo!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Eu quero....

...passar uma temporada em Descansópolis!


Hoje eu descobri meu mais novo destino dos sonhos. Além do nome perfeito - Descansópolis - pude constatar pelos resultados da minha pesquisa no Google imagens (fotos acima) que a vista também não é de se jogar fora.

Parece que esta maravilha da natureza fica em Campos do Jordão. Então, eu raciocinei: eu preciso de uma folguinha urgente. Além disso, daqui a poucos dias essa cidade vai ficar insuportavelmente cheia.

Portanto, minha conclusão é que eu devia mesmo era fugir para uma temporada em Descansópolis agora!

quarta-feira, 7 de maio de 2008

A viagem em cliques


Para mim, Vitória é:

Andar de elevador sem térreo

Ter vista para o mar

Ver a bicicletada da janela

Se sentir pequenininho embaixo da Pedra Azul

Se apaixonar por Guarapari mesmo com o tempo nublado

Se deslumbrar com a vista do Convento da Penha



Não comer 90 de 100 sabores de pastel. Com destaque para um que chama PF e leva: frango, carne, presunto, queijo, milho, catupiry e, lógico, banana!
Ver um monte de macaco de pertinho

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Te conheço?

Ontem encontrei uma pessoa que até agora não consigo acreditar. Estou realmente impressionada. Como é possível você conversar como uma pessoa cinco minutos e já chegar à conclusão que nunca mais quer vê-la na sua vida.

Não tenho nem como descrever esta criatura, por isso deixo trechos do diálogo que tivemos. O cenário: um restaurante chiquinho de Guarapari.

- Você é da Veja, né?
- Sou.
- Ai, eu também sou jornalista. Na verdade sou telejornalista, trabalho na retransmissora local da Globo, TV não sei o que e blá, blá, blá, blá. Mas vim falar com você porque eu conheço todas as meninas que estão trabalhando para a Veja aqui em Vitória, então se você quiser saber alguma coisa...
- Ah, é? Que legal. Obrigada, se precisar falo com você (NOT!).
- Pode perguntar porque eu sei tudo sobre esse restaurante. A mamãe adora o franguinho grelhado daqui, e quando o chef faz pizza então... melhores que as de São Paulo.
- Ok. Obrigada.
- Eles ganharam, né? Melhor do litoral?
- Ganharam. Na edição do ano passado.
- Não, na desse ano.
- Não sei. Os jurados ainda estão votando e o resultado ainda não foi divulgado.
- Mas as meninas me falaram que quando vem uma jornalista de São Paulo é porque a casa ganhou.

A dona do restaurante, que presenciou toda a conversa e já tinha começado a ficar constrangida:
- Deu para você ver como serve o prato, né?

- Deu sim. Ficou bem bonito.
- Você vai comer, né? Você não pode sair daqui sem provar um pouquinho da comida deles.
- Não, eu não como nos restaurantes que eu visito. Política da editora.
- Ai, você teeeeeeem que comeeeeeer. Como assim? Sente esse cheirinho, olha que prato lindo. Não dá para não comer.
- Não, eu não vou comer aqui.

Mais uma interrupção da proprietária que agora já estava constrangidíssima:
- Ela disse que não pode. Ela volta outro dia com mais calma, quando não estiver trabalhando.

- Ai peraí, você não vai me dizer que quer ser tão imparcial que só vai comer McDonald’s e Bob’s todo dia enquanto estiver aqui?
- Eu vim visitar algumas casas e não vou comer em nenhuma delas enquanto estiver aqui trabalhando.
- Mas olha, faz assim. Você anota aí tudinho, fecha a caneta, fecha o bloquinho e pronto. Acabou. Você não está mais aqui como jornalista.
- Eu não vou almoçar aqui. Ainda tenho que visitar outros lugares hoje.

Tive que sair andando, não encontrei outra solução, mas minha vontade era mesmo virar e falar: “Me desculpa, mas eu te conheço?”

O melhor de tudo foi quando entrei no carro do seu Geraldinho, um taxista gordinho e engraçadíssimo que estava me dando uma caroninha, e contei a história. A resposta dele: “Ai, eu vi ela lá dentro, bem que eu tinha reconhecido. Mas ela não é boa jornalista não, outro dia vi ela na TV e ela não faz nada direito”. Tadinho, ele falou isso só para ser bonzinho, mas foi bonitinho.

E agora também, só de birra, acabei de almoçar McDonald's e se eu fosse ficar até amanhã, jantava Bob's!!

Razões para gostar de Vitória

1 – Aqui tem praias por todos os lados.
2 – Todo restaurante, bar, boteco ou lanchonete tem uma varanda.
3 – As pessoas são meio loucas, falam o que vem na cabeça e conhecem todo mundo da cidade.
4 – O pessoal senta no bar às sete, troca de lugar no meio da noite e fica na balada até amanhecer.
5 – Os bares têm clima de boteco, não precisa nem se arrumar para sair.
6 – É só você chegar perto do cruzamento que todos os carros param para você atravessar.

Também existe a lista de “porque não gostar”. Mas até agora os prós superaram os contras.

OBS: Alguém sabia que os capixabas torcem para times cariocas? Porque eu não sabia e fiquei impressionadíssima quando comecei a ver multidões com camisas do Flamengo. Outros poucos torcedores do Botafogo me ajudaram a entender que não, eu não tinha cruzado com enormes excursões de turistas do Rio de Janeiro.

Sobre o post anterior: Sim, é a contagem das casas que eu tinha que visitar versus as que eu já conheci. Só um desabafo rápido depois de fazer as contas e pela primeira vez achar que ia realmente funcionar.

domingo, 4 de maio de 2008

Placar do dia

Renata 24 X 27 Espírito Santo

sábado, 3 de maio de 2008

Le menu

Às 18 horas de hoje, cheguei para visitar uma pastelaria em Vila Velha, cidade vizinha de Vitória. Problema: a casa só abria uma hora mais tarde porque o dono é adventista do sétimo dia. Acabei sentando num muquifo, misto de bar e restaurante, que ficava logo ao lado (única opção na avenida inteira). O nome do lugar? Águia marcante. E no cardápio:

- Queijo parmezan
- Espagueth
- Bacalhau gomi de sá
- Água perrie (não servia um prato decente mas tinha uma água de 7 reais)
- Coquitel

Consegui finalmente falar com o dono da pastelaria uma hora e quarenta depois. Bato o olho no cardápio e uma palavra se sobressai: BANANA. Olha só a variedade dos pastéis:

- Carne, frango e banana
- Frango, queijo e banana
- Fango com banana
- Queijo com banana
- Carne com banana
- Banana

Overdose? Parece que ainda não. Parto para a lanchonete seguinte e o que me aparece no menu?
- Sanduíche Dengosão: pão, duas salsichas, queijo, presunto e banana assada.

Esta fruta está me perseguindo, e não é de hoje...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Frases do dia

1 - Do nada, no meio da conversa sobre o restaurante, o proprietário da casa solta:

"Eu já fiz uma angioplastia, três pontes de safena, depois disso tive um enfarte e precisei fazer oito cateterismos. Casei e separei duas vezes, o que me custou três apartamentos."

Esse cara era realmente fantástico. Ele tem umas 1 000 fotos com gente famosa. Até com o vocalista do Molejo ele quis ser fotografado! E ele estava empolgadíssimo porque vai rolar uma Festa Cafona aqui e algumas das atrações são: Sidney Magal e Reginaldo Rossi...

2 - Almoçando uma massa com molho ao sugo que mais parecia chili de tão apimentado, escuto:

"Ela não comprava nem um starbucks pra filha dela só porque ela queria um sapato de 300 dólares. Sendo que em Nova York você consegue comprar sapatos bons até por 50 dólares"

Que problema! Essa mulher era realmente insuportável, ficava berrando tanto que quando eu pedi a conta ao garçom ele me disse:

"Depois que essa família sentou aqui você nem conseguiu mais ler a sua revista, né?!"

Não mesmo!

3 - Entro no táxi e, antes de mais nada, pergunto se o motorista pode me dar uma notinha com o valor da corrida. A resposta:

"Claro! No valor que você quiser."

Amigo, isso não é crime???

Lentidão

Ah, que pena! Acabou que eu passei um dia sem postar no meu bloguildo tão novinho. Eu vim agora, mas como já passou da meia-noite não conta mais.

Hoje, como toda véspera de feriado que se preze, peguei o maior trânsito do mundo para voltar do trabalho. E, como sempre, depois de levar uma fechada de um ônibus enorme, uma costurada de um taxista apressado e um xingo do motoboy que por alí passava, acabei parada no engarrafamento da Marginal Pinheiros.

Estava morrendo de pressa, mas como não tinha nada melhor para fazer, resolvi tirar umas fotos aleatórias para me distrair. Um dos resultados foi essa imagem aí em cima. Acabou que eu gostei. Nem parece que estou na maior lentidão, no meio de um monte de gente estressada. Ficou colorida, iluminada e agitada... esse é o espírito!