Na manhã seguinte, acordei cedo já imaginando a maratona que teria de enfrentar. O dia estava nublado e logo no café da manhã o seu Karl (velhinho austríaco dono da pousada que eu estava, que parecia dar uma bronca a cada palavra que emitia) começou a me dizer que seria uma loucura enfrentar a estrada para Caraíva com aquele tempo chuvoso. A voz rouca e com forte sotaque me dizia que no caminho para lá eu encontraria muitas ladeiras esburacadas (pirambeiras, nas palavras dele) e que meu carro não passaria, só mesmo um 4X4. Mas eu não tinha escolha, não podia atrasar a viagem um só dia.
A estrada estava realmente ruim, mas nada que o meu carrinho não pudesse enfrentar. Quando cheguei a Caraíva, descobri que não somente teria de pegar a canoa como, do outro lado do rio, teria de pegar um taxi até a pousada. Mas como assim um taxi se não é permitida a circulação de carros na vila? Taxi por lá é uma carroça. Em vez de você pagar a “corrida”, em Caraíva você paga a “carroçada”. Depois de me equilibrar na canoa e trimilicar na carroça, cheguei a um lugar como nunca havia imaginado. A pequena vila tem energia elétrica há apenas dois anos e pelas ruazinhas de areia fofa (bem fofa mesmo, daquelas que é até difícil andar) só encontramos algumas poucas pessoas andando a pé e raras carroças levando turistas. O ritmo de quem vive lá é diferente, diferente do que quem vive em cidade grande consegue imaginar.
Luna, a cachorrinha da pousada que me acompanhou 24h, almoçou e jantou comigo, depois dormiu na porta do meu quarto
Caraíva é assim:
Malas viajadas:
Um comentário:
Oi, vc ficou em qual pousada lá? Tem alguma pra recomendar? Valeu ronilduarte@gmail.com
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