domingo, 19 de outubro de 2008
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
domingo, 12 de outubro de 2008
Aos cafés da vida
As vezes eu sinto que os meus olhos são mais fortes do que eu. Eles simplesmente querem fechar e eu não posso fazer nada a respeito. Nessas horas eu recorro a um dos meus maiores parceiros na atualidade: o café.
A cena que se repete quase diariamente: estou no trabalho, ainda há muito o que fazer e a disposição já acabou faz tempo. Sinto vontade de abraçar o teclado, me apoiar no monitor e colocar os dois pés na cadeira do colega vizinho. Fico imaginando como seria se eu dormisse uma hora. Nada mais que isso, só uma horinha cronometrada no relógio. Aposto que meu rendimento melhoraria. Mas logo volto para a realidade e recorro à maquina de café. A bebida não é lá daquelas realmente gostosas. Se pudesse eu colocaria bem mais café, menos açúcar e capricharia na dose um pouco mais. Para completar, ouvi rumores de que já encontraram uma barata no copinho. Mas nada disso parece um obstáculo quando o sono vespertino pesa sobre os olhos. O efeito é quase imediato: logo depois do café, surge disposição.
Mas o assunto de hoje não é literalmente o café e sim todas aquelas pequenas coisas da vida que, em pequenas doses diárias, nos fazem acordar, sentir mais dispostas. Nos dão coragem e, com certa delicadeza, nos empuram para a realidade.
Ultimamente tenho percebido claramente que quando algumas pessoas, alguns lugares, alguns hábitos bobos deixam de fazer parte da minha rotina por apenas uma semana, tudo muda. São breves momentos de conversa ou de silêncio que, sem nenhum grande motivo para tanto, me dão uma injeção de ânimo na veia, me fazem ver tudo por uma perspectiva diferente, muito mais colorida.
Agradeço aos meus cafés de cada dia!
A cena que se repete quase diariamente: estou no trabalho, ainda há muito o que fazer e a disposição já acabou faz tempo. Sinto vontade de abraçar o teclado, me apoiar no monitor e colocar os dois pés na cadeira do colega vizinho. Fico imaginando como seria se eu dormisse uma hora. Nada mais que isso, só uma horinha cronometrada no relógio. Aposto que meu rendimento melhoraria. Mas logo volto para a realidade e recorro à maquina de café. A bebida não é lá daquelas realmente gostosas. Se pudesse eu colocaria bem mais café, menos açúcar e capricharia na dose um pouco mais. Para completar, ouvi rumores de que já encontraram uma barata no copinho. Mas nada disso parece um obstáculo quando o sono vespertino pesa sobre os olhos. O efeito é quase imediato: logo depois do café, surge disposição.
Mas o assunto de hoje não é literalmente o café e sim todas aquelas pequenas coisas da vida que, em pequenas doses diárias, nos fazem acordar, sentir mais dispostas. Nos dão coragem e, com certa delicadeza, nos empuram para a realidade.
Ultimamente tenho percebido claramente que quando algumas pessoas, alguns lugares, alguns hábitos bobos deixam de fazer parte da minha rotina por apenas uma semana, tudo muda. São breves momentos de conversa ou de silêncio que, sem nenhum grande motivo para tanto, me dão uma injeção de ânimo na veia, me fazem ver tudo por uma perspectiva diferente, muito mais colorida.
Agradeço aos meus cafés de cada dia!
Supercalifragilisticexpialidocious
Não sei porque me lembrei da maior palavra do mundo hoje (o TCC faz isso com as pessoas). É a palavra sobre a qual a Mary Poppins canta no filme da Disney. Fiquei tentando pronunciá-la, mas acho que não vou conseguir tão cedo: supercalifragilisticexpialidocious! Agora não vai mais sair da minha cabeça tão cedo...
The biggest word I ever heard
And this is how it goes:
Oh, supercalifragilisticexpialidocious!
Even though the sound of it
Is something quite atrocious
If you say it loud enough
You'll always sound precocious
Supercalifragilisticexpialidocious!
Um diddle diddle diddle um diddle ay
Um diddle diddle diddle um diddle ay
So when the cat has got your tongue
There's no need for dismay
Just summon up this word
And then you've got a lot to say
But better use it carefully
Or it may change your life
One night I said it to me girl
And now me girl's my wife!
She's supercalifragilisticexpialidocious!
And this is how it goes:
Oh, supercalifragilisticexpialidocious!
Even though the sound of it
Is something quite atrocious
If you say it loud enough
You'll always sound precocious
Supercalifragilisticexpialidocious!
Um diddle diddle diddle um diddle ay
Um diddle diddle diddle um diddle ay
So when the cat has got your tongue
There's no need for dismay
Just summon up this word
And then you've got a lot to say
But better use it carefully
Or it may change your life
One night I said it to me girl
And now me girl's my wife!
She's supercalifragilisticexpialidocious!
Quase lá...
Estava entretida montando meu quebra cabeça de 5 000 peças. Acho que estou quase conseguindo completá-lo, mas ainda falta uma pequena parte para que eu veja completa aquela imagem impressa na caixa. Será que alguém escondeu as pecinhas para que eu não pudesse terminar?
terça-feira, 19 de agosto de 2008
No mínimo surpreendente
São momentos raros da vida, mas de vez em quando você conhece uma pessoa, um lugar, uma história que te desperta uma sensação de que você não sabe nada, não conhece nada. Eu gosto. Gosto de pensar que eu ainda não sei nada da vida. Sinto que ainda há muito por aí que eu não tenho idéia de que existe e que a qualquer momento vou ser surpreendida com algo novo.
Hoje, me encontrei com a Phédra D. Córdoba, estrela do grupo Satyros e uma das pessoas mais surpreendentes que eu já conheci. Quando ela fala, sorri, berra ou gesticula, eu não tenho idéia do que está se passando pela cabeça dela. Não entendo se ela gostou, se está brava, se quer me bater, se me achou burra. Ela conta histórias e eu não posso nem imaginar o final, penso que ela poderia estar facilmente inventando aquilo tudo.
Enfim, eu ainda não a compreendi completamente, mas um pouquinho eu já conheço. Posto aí embaixo a Phédra em uma performance da peça Transex. Ela canta I'll survive em espanhol e toca castanholas... de resto, nada mais me lembro!
Hoje, me encontrei com a Phédra D. Córdoba, estrela do grupo Satyros e uma das pessoas mais surpreendentes que eu já conheci. Quando ela fala, sorri, berra ou gesticula, eu não tenho idéia do que está se passando pela cabeça dela. Não entendo se ela gostou, se está brava, se quer me bater, se me achou burra. Ela conta histórias e eu não posso nem imaginar o final, penso que ela poderia estar facilmente inventando aquilo tudo.
Enfim, eu ainda não a compreendi completamente, mas um pouquinho eu já conheço. Posto aí embaixo a Phédra em uma performance da peça Transex. Ela canta I'll survive em espanhol e toca castanholas... de resto, nada mais me lembro!
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Dez anos
Posso me lembrar como se fosse ontem de quando o telefone tocou e da boca da minha mãe eu ouvi as palavras “vai ser hoje? Você já está indo para lá?”. Eu tinha apenas 12 anos na época, mas já entendi perfeitamente do que se tratava e em uma pequena confusão de sentimentos, pude senti as lágrimas rolando pelo meu rosto. Não chorava de tristeza. Era uma alegria tão simples e profunda que eu acho que jamais saberia expressar por palavras. Era hoje. Era hoje o dia em que minha irmã seria mãe e eu tia.
Corremos, corremos muito pelas ruas congestionadas. O caminho até a maternidade São Luiz nunca pareceu tão longo. Não tínhamos nada nas mãos, nem uma flor, nem um presente. Nada daquilo que planejavamos entregar à mãe e ao bebê quando os víssemos pela primeira vez. Mas, sem sabermos bem porque, nada disso parecia importar.
Quando passamos correndo pela porta de vidro na entrada do hospital, minha irmã já estava sendo preparada pelos médicos para a operação. Estava cuidando dos últimos detalhes antes daquele que seria o momento mais especial da sua vida até então. Minha mãe insistiu com as enfermeiras que precisava vê-la antes da cirurgia. Tanto insistiu que conseguiu. Eu esperei do lado de fora, mas mandei por ela o meu carinho e desejo de que tudo corresse muito bem.
Lembro da pequena sala com sofás de couro preto que ficamos esperando por notícias do nascimento. Lembro também quando toda a família se virou para ver o mais novo papai entrando ainda branco de susto para dizer que tudo tinha corrido bem. Contou que tinha quase desmaiado, mas que mãe e bebê estavam ótimos. Depois disso, revelou grande mistério do dia: era um menino. Era o Fernando. Até então, o sexo do bebê era um segredo que somente o médico do ultra-som poderia decifrar, mas que a mamãe de primeira viagem persistentemente se negou a desvendar.
Seis horas depois de chegar ao mundo, o Fê subiu ao quarto para a primeira mamada. Toda a família aguardava do lado de fora. Quando o vi pela primeira vez, um sentimento ainda maior tomou conta de mim. Ele era lindo, perfeito, era a criança mais graciosa que eu já tinha visto. Me lembro de olhar pelo vidro do berçário e pensar que era impressionante como todos os outros bebês ali deitadinhos eram pequenos, com cara de joelho, menos o meu sobrinho.
Não me recordo como voltei para casa, nem que horas saímos de lá. Hoje, quase dez anos depois, minha memória guardou somente as impressões mais intensas. Mas uma década é muito e não sei como esse tempo todo passou tão rápido. Ainda não consegui entender. Lembro que no dia em que ele nasceu eu pensei que quando eu fizesse 24 anos o Fê seria exatamente o que eu era naquele dia, ele teria 12 anos e saberia tudo que eu sabia. Mas essa data, que agora já está próxima, ainda parecia fazer parte de um futuro muito distante.
Amanhã é dia de festa: 10 anos do meu querido primeiro sobrinho. E quem sabe daqui a alguns meses eu não conto como, três anos depois, no dia 23 de novembro, chegaram outros dois novos membros da família Figueiredo Ponzini?!
Parabéns à Vera e ao Fê pela data. Doze de agosto é o dia do aniversário dos dois leoninos da família.
Corremos, corremos muito pelas ruas congestionadas. O caminho até a maternidade São Luiz nunca pareceu tão longo. Não tínhamos nada nas mãos, nem uma flor, nem um presente. Nada daquilo que planejavamos entregar à mãe e ao bebê quando os víssemos pela primeira vez. Mas, sem sabermos bem porque, nada disso parecia importar.
Quando passamos correndo pela porta de vidro na entrada do hospital, minha irmã já estava sendo preparada pelos médicos para a operação. Estava cuidando dos últimos detalhes antes daquele que seria o momento mais especial da sua vida até então. Minha mãe insistiu com as enfermeiras que precisava vê-la antes da cirurgia. Tanto insistiu que conseguiu. Eu esperei do lado de fora, mas mandei por ela o meu carinho e desejo de que tudo corresse muito bem.
Lembro da pequena sala com sofás de couro preto que ficamos esperando por notícias do nascimento. Lembro também quando toda a família se virou para ver o mais novo papai entrando ainda branco de susto para dizer que tudo tinha corrido bem. Contou que tinha quase desmaiado, mas que mãe e bebê estavam ótimos. Depois disso, revelou grande mistério do dia: era um menino. Era o Fernando. Até então, o sexo do bebê era um segredo que somente o médico do ultra-som poderia decifrar, mas que a mamãe de primeira viagem persistentemente se negou a desvendar.
Seis horas depois de chegar ao mundo, o Fê subiu ao quarto para a primeira mamada. Toda a família aguardava do lado de fora. Quando o vi pela primeira vez, um sentimento ainda maior tomou conta de mim. Ele era lindo, perfeito, era a criança mais graciosa que eu já tinha visto. Me lembro de olhar pelo vidro do berçário e pensar que era impressionante como todos os outros bebês ali deitadinhos eram pequenos, com cara de joelho, menos o meu sobrinho.
Não me recordo como voltei para casa, nem que horas saímos de lá. Hoje, quase dez anos depois, minha memória guardou somente as impressões mais intensas. Mas uma década é muito e não sei como esse tempo todo passou tão rápido. Ainda não consegui entender. Lembro que no dia em que ele nasceu eu pensei que quando eu fizesse 24 anos o Fê seria exatamente o que eu era naquele dia, ele teria 12 anos e saberia tudo que eu sabia. Mas essa data, que agora já está próxima, ainda parecia fazer parte de um futuro muito distante.
Amanhã é dia de festa: 10 anos do meu querido primeiro sobrinho. E quem sabe daqui a alguns meses eu não conto como, três anos depois, no dia 23 de novembro, chegaram outros dois novos membros da família Figueiredo Ponzini?!
Parabéns à Vera e ao Fê pela data. Doze de agosto é o dia do aniversário dos dois leoninos da família.
sábado, 2 de agosto de 2008
Sem palavras...
Eu cheguei para o show do Muse com altas expectativas. Cada uma delas foi superada!
Uns pequenos trechos para tentar explicar do que eu estou falando:
Knights of Cydonia
Hysteria
Supermassive Black Hole
Uns pequenos trechos para tentar explicar do que eu estou falando:
Knights of Cydonia
Primeirona!
Hysteria
Supermassive Black Hole
sábado, 26 de julho de 2008
Unexpectedly MUSE
É incrivel, mas a cada dia que passa eu chego novamente à uma mesma conclusão: as coisas que acontecem inesperadamente são as mais gostosas. Talvez se eu tivesse comprado o ingresso para ver o show do Muse logo no comecinho, estar com aquele pedaço de papel nas mãos não teria o mesmo gostinho.
Até ontem de manhã (ou melhor, antes de ontem já que hoje já é amanhã - confuso!) eu não sabia se eu iria ou não ver a banda. Os motivos da minha indecisão? Eram muitos. Confesso que na minha listinha os prós prevaleciam sobre os contras, mas quem me conhece sabe que eu não sou boa para tomar decisões, por mais simples que elas sejam. Comprei num raríssimo impulso de determinação que eu espero se repita mais vezes na minha vida.
Enfim, toda essa história para dizer que depois de uma minissérie mexicana (não chegou a ser uma novela) comprei meu bilhete premiado, meu cupom da sorte, e quinta que vem vou me embrenhar na multidão com as minhas lindinhas para ver os inglesinhos de perto!
Bom, como esse post não podia deixar de ter uma trilha sonora, aí vai a minha música favorita. Ou melhor, uma delas. Porque como diz a Biazélda "ô banda para fazer música boa".
E que chegue a quinta-feira e com ela muitos outros acontecimentos inesperados!
Até ontem de manhã (ou melhor, antes de ontem já que hoje já é amanhã - confuso!) eu não sabia se eu iria ou não ver a banda. Os motivos da minha indecisão? Eram muitos. Confesso que na minha listinha os prós prevaleciam sobre os contras, mas quem me conhece sabe que eu não sou boa para tomar decisões, por mais simples que elas sejam. Comprei num raríssimo impulso de determinação que eu espero se repita mais vezes na minha vida.
Enfim, toda essa história para dizer que depois de uma minissérie mexicana (não chegou a ser uma novela) comprei meu bilhete premiado, meu cupom da sorte, e quinta que vem vou me embrenhar na multidão com as minhas lindinhas para ver os inglesinhos de perto!
Bom, como esse post não podia deixar de ter uma trilha sonora, aí vai a minha música favorita. Ou melhor, uma delas. Porque como diz a Biazélda "ô banda para fazer música boa".
STARLIGHT
"You electrify my life"
E que chegue a quinta-feira e com ela muitos outros acontecimentos inesperados!
segunda-feira, 7 de julho de 2008
sexta-feira, 27 de junho de 2008
New York falls
Achei linda essa instalação que foi inaugurada hoje lá em Nova York. No total são quatro quedas d'água gigantes espalhadas pelos rios que envolvem a ilha de Manhattan. A cachoeira na foto aí de cima fica logo embaixo da Brooklyn Bridge.
A nova decoração da Big Apple vai durar até o dia 13 de outubro. Eu queria ver!
E tem mais um montão de fotos das cachoeiras nova-iorquinas.
A nova decoração da Big Apple vai durar até o dia 13 de outubro. Eu queria ver!
E tem mais um montão de fotos das cachoeiras nova-iorquinas.
terça-feira, 24 de junho de 2008
A família de Rani
Era uma vez um homem chamado Ram Singh Munda. Ele morava na Índia com sua esposa e sua filha Dulki. A família de Munda vivia em uma tribo na floresta indiana. Um dia sua esposa faleceu e a filhinha de apenas quatro anos ficou inconsolável. Um ano depois, em uma de suas incursões pela mata, ele encontrou uma ursa filhote, que assim como sua filha, era órfã. Ele decidiu levá-la para casa e criá-la como um animal de estimação. A ursa devolveu a alegria de sua filha e sobreviveu graças aos cuidados dos dois.
Essa poderia ser uma história muito feliz se não tivesse um desenrolar tão trágico. Depois de um ano com a ursa morando na casa de Munda, um jornal local decidiu fazer uma matéria sobre a família. A reportagem repercutiu entre as autoridades sanitárias da região e o homem foi preso por violar as leis de proteção à vida selvagem. A ursa mandada para o zoológico, onde se recusa a comer, e a criança foi enviada para um orfanato.
Hoje, até mesmo os ativistas ambientais pediram que o homem fosse libertado e que pudesse encontrar novamente o animal. Munda é analfabeto e vive em uma tribo, portanto não tem conhecimento das leis vigentes no país. E sabe o que é mais lindo dessa história? O nome escolhido por ele para batizar a ursa foi Rani, que significa Rainha.
Eu torço pela reunião da família de Rani.
Essa poderia ser uma história muito feliz se não tivesse um desenrolar tão trágico. Depois de um ano com a ursa morando na casa de Munda, um jornal local decidiu fazer uma matéria sobre a família. A reportagem repercutiu entre as autoridades sanitárias da região e o homem foi preso por violar as leis de proteção à vida selvagem. A ursa mandada para o zoológico, onde se recusa a comer, e a criança foi enviada para um orfanato.
Hoje, até mesmo os ativistas ambientais pediram que o homem fosse libertado e que pudesse encontrar novamente o animal. Munda é analfabeto e vive em uma tribo, portanto não tem conhecimento das leis vigentes no país. E sabe o que é mais lindo dessa história? O nome escolhido por ele para batizar a ursa foi Rani, que significa Rainha.
Eu torço pela reunião da família de Rani.
sábado, 21 de junho de 2008
Os mafagafos da cozinha
Abri uma enciclopédia da cozinha brasileira e só então percebi que eu não conheço nada da culinária do país. Além dos tradicionais tacacá, tucupi, pequi e maniçoba que meus colegas de trabalho adoram tanto comentar e que eu não tinha idéia do que era até colocar no google, descobri outras milhões de palavras novas. Algumas delas digamos que um pouco difíceis de se pronunciar...
Efó – prato típico da Bahia, leva camarão seco, verduras como taioba, mostarda e língua-de-vaca (calma, é só uma planta!)
Munguzá – mingau feito com milho branco, açúcar, leite de coco, polvilhinho e canela, semelhante à canjica mineira. Além de tudo isso, tem o nome mais engraçado de se pronunciar!
Sapoti – fruta energética, de sabor doce semelhante ao do caqui. Mais comum na Paraíba.
Tiquira (foto) – Bebida destilada típica do Maranhão com teor alcoólico bastante alto. Feita do sumo da mandioca, água e açúcar, o produto final adquire coloração lilás, que vem da anilina ou das cascas de tangerina utilizadas na preparação
Sarnabi ou cernambi – molusco marinho que se faz ensopado com leite ou mexido com ovos e que também é utilizado no preparo de tortas.
Buriti – palmeira típica do Maranhão. Com as folhas se faz cestas e com as frutas doces e compotas.
Turu – molusco comprido encontrado em cascas de árvores nos mangues e consumido cru pelos catadores de caranguejo na região da Ilha de Marajó (ECA!).
Aviú (foto) – um micro camarão de água doce comum na Região Norte do país.
Algumas frutas da Região Norte: murici, mangaba, taperebá...
Agora o que eu acho mais engraçado é que você pode dizer: “tacacá leva tucupi preparado no tipiti”. Se você falar rápido e várias vezes equivale ao trava-línguas dos vários mafagafos
Tucupi – caldo extraído da mandioca brava.
Tipiti – instrumento para coar o caldo da mandioca
Tacacá – típico do Pará, é um tipo de caldo que leva tucupi, camarão seco e jambu (uma verdura que tem o poder de amortecer a boca...)
Ah, e o clássico Biribiri que eu também não conhecia.
Efó – prato típico da Bahia, leva camarão seco, verduras como taioba, mostarda e língua-de-vaca (calma, é só uma planta!)
Munguzá – mingau feito com milho branco, açúcar, leite de coco, polvilhinho e canela, semelhante à canjica mineira. Além de tudo isso, tem o nome mais engraçado de se pronunciar!
Sapoti – fruta energética, de sabor doce semelhante ao do caqui. Mais comum na Paraíba.
Tiquira (foto) – Bebida destilada típica do Maranhão com teor alcoólico bastante alto. Feita do sumo da mandioca, água e açúcar, o produto final adquire coloração lilás, que vem da anilina ou das cascas de tangerina utilizadas na preparação
Sarnabi ou cernambi – molusco marinho que se faz ensopado com leite ou mexido com ovos e que também é utilizado no preparo de tortas.
Buriti – palmeira típica do Maranhão. Com as folhas se faz cestas e com as frutas doces e compotas.
Turu – molusco comprido encontrado em cascas de árvores nos mangues e consumido cru pelos catadores de caranguejo na região da Ilha de Marajó (ECA!).
Aviú (foto) – um micro camarão de água doce comum na Região Norte do país.
Algumas frutas da Região Norte: murici, mangaba, taperebá...
Agora o que eu acho mais engraçado é que você pode dizer: “tacacá leva tucupi preparado no tipiti”. Se você falar rápido e várias vezes equivale ao trava-línguas dos vários mafagafos
Tucupi – caldo extraído da mandioca brava.
Tipiti – instrumento para coar o caldo da mandioca
Tacacá – típico do Pará, é um tipo de caldo que leva tucupi, camarão seco e jambu (uma verdura que tem o poder de amortecer a boca...)
Ah, e o clássico Biribiri que eu também não conhecia.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Razões para adorar o Mineiro
O Bloguildo estava mais abandonado do que nunca nesse período louco (que ainda não terminou) de muito trabalho e estudo. Pensei, então, que ninguém melhor para reanimar os ânimos do blog moribundo do que o Mineiro!
Um dia desses, passei pela frente da televisão em meio a um jogo da seleção brasileira e me deparei com ele, um dos poucos, pouquíssimos jogadores que eu adoro. Eu não o via há algum tempo. Eu não acompanho futebol e quando assisto algum jogo o São Paulo está no meio, time que infelizmente não conta mais com a presença sorridente do Mineirão. Então, sem mais firulas, aí vão as minhas razões:
1- Ele é tão feio, tão feio que eu acho ele bonito.
2- Ele é implacável como artilheiro mas se precisar ele também faz um golzinho.
3- Ele é baixinho, mais velho e todo mundo bate nele em campo (o que me revolta muito), mas ele nem liga. Levanta e continua.
4- Ele não reclama com o juíz, não briga, não cria polêmicas, não bate nos adversários a não ser que seja uma situação extrema (tipo só ele para defender). E ele é um dos jogadores que menos erra plurais e troca palavras em entrevistas para a Globo depois do jogo.
5- Ele jogava no São Paulo e, tirando algumas poucas exceções, os jogadores do tricolor paulista são sempre os mais legais. Espero que ele esteja ganhando alguns milhares de dólares ou euros e que um dia volte para jogar no Morumbi. Eu super entendo que ele tenha tomado a decisão de sair do time. Mas, mesmo assim, confesso que gritei "fica mineiro" nas arquibancadas do estádio.
6- Eu não gosto de nenhum outro jogador de futebol como eu gosto dele. Essa TEM que ser uma razão para as outras pessoas gostarem dele.
Eu queria registrar aqui a minha vontade de conhecer o Mineiro. Eu queria muito dar um abracinho nele e falar “Mineiro, eu sou sua fã”. Eu queria apertar a bochecha dele também, mas aí já acho que seria meio inapropriado.
Um dia desses, passei pela frente da televisão em meio a um jogo da seleção brasileira e me deparei com ele, um dos poucos, pouquíssimos jogadores que eu adoro. Eu não o via há algum tempo. Eu não acompanho futebol e quando assisto algum jogo o São Paulo está no meio, time que infelizmente não conta mais com a presença sorridente do Mineirão. Então, sem mais firulas, aí vão as minhas razões:
1- Ele é tão feio, tão feio que eu acho ele bonito.
2- Ele é implacável como artilheiro mas se precisar ele também faz um golzinho.
3- Ele é baixinho, mais velho e todo mundo bate nele em campo (o que me revolta muito), mas ele nem liga. Levanta e continua.
4- Ele não reclama com o juíz, não briga, não cria polêmicas, não bate nos adversários a não ser que seja uma situação extrema (tipo só ele para defender). E ele é um dos jogadores que menos erra plurais e troca palavras em entrevistas para a Globo depois do jogo.
5- Ele jogava no São Paulo e, tirando algumas poucas exceções, os jogadores do tricolor paulista são sempre os mais legais. Espero que ele esteja ganhando alguns milhares de dólares ou euros e que um dia volte para jogar no Morumbi. Eu super entendo que ele tenha tomado a decisão de sair do time. Mas, mesmo assim, confesso que gritei "fica mineiro" nas arquibancadas do estádio.
6- Eu não gosto de nenhum outro jogador de futebol como eu gosto dele. Essa TEM que ser uma razão para as outras pessoas gostarem dele.
Eu queria registrar aqui a minha vontade de conhecer o Mineiro. Eu queria muito dar um abracinho nele e falar “Mineiro, eu sou sua fã”. Eu queria apertar a bochecha dele também, mas aí já acho que seria meio inapropriado.
quinta-feira, 29 de maio de 2008
Chez Juarez!
Como o resultado da votação lá no Espírito Santo já foi revelado e eu até já ganhei uma revistinha, posso contar uma história que foi, sem dúvidas, a melhor da minha viagem para Vitória. A história do dia que eu conheci o chef Juarez Campos, visitei seu restaurante e até a sua casa.
Antes de mais nada, existem dois motivos fundamentais que já me fariam gostar do chef Juarez, independentemente de todo o resto. O primeiro é que ele é a prova viva de que não há um tempo certo para escolher o que fazer da vida. As vezes, uma mudança quando você já está quase chegando aos 40 anos pode ser a solução. E a segunda coisa é que, ao contrário do que muita gente pensa, não são só os riquinhos que estudam na Le Cordon Bleu que podem fazer gastronomia. Dá para se esforçar e seguir a vocação mesmo se você não tiver os maiores recursos do mundo.
Digo isso tudo porque antes de pegar nas panelas, Juarez Campos formou-se em farmácia e bioquímica e durante 20 anos foi professor universitário. Ele começou a cozinhar quando mudou-se para a capital capixaba e foi morar em uma república. Na casa, onde só viviam homens, ninguém cozinhava. Juarez começou a preparar algumas das receitas que a mãe ia lhe ensinando e os pratos receberam muitos elogios. Como ele mesmo diz, isso acontecia nem tanto porque eles eram saborosos, mas porque eram os únicos na casa.
Durante as duas décadas em que lecionou Química, ele fez, paralelamente muitos cursos de gastronomia. Uma vez por semana, Juarez assistia as aulas do chef Laurent Suaudeau, que comanda uma das mais conceituadas escolas de gastronomia de São Paulo. Por quatro anos, todas as quartas-feiras, ele visitava a capital paulista só para ir aos cursos e voltava na mesma noite, sempre de ônibus. Chegava em Vitória na hora da primeira aula de quinta-feira.
Neste tempo, Juarez gastou todo o dinheiro do salário de professor para pagar viagens internacionais. Visitou a Itália, a França e em cada cidade que parava queria conhecer restaurantes e visitar a cozinha de cada um deles. Ele conta que só em Nova York conseguiu fazer estágios em oito grandes restaurantes.
Juarez decidiu, então, largar o magistério e montar seu primeiro restaurante, o Oriundi, na garagem do cunhado. A casa deu muito certo e hoje Juarez comanda três bem conceituadas cozinhas em Vitória. Os frutos do trabalho duro podem ser vistos em sua casa, que tem cozinha com equipamento profissional e armários e mais armários forrados de livros sobre gastronomia. O audi novinho, porém, fica na garagem. O chef Juarez sai todas as noites para visitar os restaurantes pilotando uma scooter.
Antes de mais nada, existem dois motivos fundamentais que já me fariam gostar do chef Juarez, independentemente de todo o resto. O primeiro é que ele é a prova viva de que não há um tempo certo para escolher o que fazer da vida. As vezes, uma mudança quando você já está quase chegando aos 40 anos pode ser a solução. E a segunda coisa é que, ao contrário do que muita gente pensa, não são só os riquinhos que estudam na Le Cordon Bleu que podem fazer gastronomia. Dá para se esforçar e seguir a vocação mesmo se você não tiver os maiores recursos do mundo.
Digo isso tudo porque antes de pegar nas panelas, Juarez Campos formou-se em farmácia e bioquímica e durante 20 anos foi professor universitário. Ele começou a cozinhar quando mudou-se para a capital capixaba e foi morar em uma república. Na casa, onde só viviam homens, ninguém cozinhava. Juarez começou a preparar algumas das receitas que a mãe ia lhe ensinando e os pratos receberam muitos elogios. Como ele mesmo diz, isso acontecia nem tanto porque eles eram saborosos, mas porque eram os únicos na casa.
Durante as duas décadas em que lecionou Química, ele fez, paralelamente muitos cursos de gastronomia. Uma vez por semana, Juarez assistia as aulas do chef Laurent Suaudeau, que comanda uma das mais conceituadas escolas de gastronomia de São Paulo. Por quatro anos, todas as quartas-feiras, ele visitava a capital paulista só para ir aos cursos e voltava na mesma noite, sempre de ônibus. Chegava em Vitória na hora da primeira aula de quinta-feira.
Neste tempo, Juarez gastou todo o dinheiro do salário de professor para pagar viagens internacionais. Visitou a Itália, a França e em cada cidade que parava queria conhecer restaurantes e visitar a cozinha de cada um deles. Ele conta que só em Nova York conseguiu fazer estágios em oito grandes restaurantes.
Juarez decidiu, então, largar o magistério e montar seu primeiro restaurante, o Oriundi, na garagem do cunhado. A casa deu muito certo e hoje Juarez comanda três bem conceituadas cozinhas em Vitória. Os frutos do trabalho duro podem ser vistos em sua casa, que tem cozinha com equipamento profissional e armários e mais armários forrados de livros sobre gastronomia. O audi novinho, porém, fica na garagem. O chef Juarez sai todas as noites para visitar os restaurantes pilotando uma scooter.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Eu desejo...
Quando eu assoprar as minhas 22 velas e cortar o meu bolinho hoje a noite, tudo que eu vou desejar é um brigadeirão como esse ai em cima. E dia 21 de julho eu realizo o meu pedido. Afinal, o que são mais dois mesinhos para quem já esperou que quatro, não é mesmo? E por enquanto eu fico com os beijinhos, cajuzinhos e bichos-de-pé da vida!
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Ir para o JUCA é...
Se espremer para caber no carro
E apertar ainda mais para entrar na barraca
Andar de ônibus
E se divertir andando de ônibus
Ser um pouquinho falsa
Presenciar a pausa dramática do Ju ao som de "ele senta, eu sei que senta..."
A Bia com cara de paisagem
O Fel com gravatinha borboleta
Dançar na quadra
Conhecer o cara com a calça mais sexy do mundo
Tirar foto com um desconhecido no meio da batucada da bateria
Ficar bem no meio da torcida adversária
E nem por isso brigar com os seus rivais
Flagrar uma polêmica na vizinhança
Ter um vizinho corinthiano
Abrir a cerveja no dente
Sair de casa, dar um passo e chegar na balada
Descobrir que tinha mais alguém querendo sair na foto mas não saber quem é
E apertar ainda mais para entrar na barraca
Andar de ônibus
E se divertir andando de ônibus
Ser um pouquinho falsa
Presenciar a pausa dramática do Ju ao som de "ele senta, eu sei que senta..."
A Bia com cara de paisagem
O Fel com gravatinha borboleta
Dançar na quadra
Conhecer o cara com a calça mais sexy do mundo
Tirar foto com um desconhecido no meio da batucada da bateria
Ficar bem no meio da torcida adversária
E nem por isso brigar com os seus rivais
Flagrar uma polêmica na vizinhança
Ter um vizinho corinthiano
Abrir a cerveja no dente
Sair de casa, dar um passo e chegar na balada
Descobrir que tinha mais alguém querendo sair na foto mas não saber quem é
quarta-feira, 21 de maio de 2008
JUCA
Lalá lalalálálá Lalá lalalalalálálá
Eu sou sempre Cásper
Lalalálálá
Sempre contigo Cásper
Lalalálálá
Só eu sei!
Porque eu não fico em caSAA
Comprei um quilo de farinha
pra fazer farofa
pra fazer farofa-fá
E tubarão pra mim é sardinha,
Metô é lá na roça,
Metô é lá na roça-çá
E na FAAP só galinha,
ECA nem de graça
ECA nem de graça-çá
E a BA pequenininha
a PUC é uma bosta
a PUC é uma bosta-tá
Olha nós de novo aí
Quatro dias sem dormir
Sem tomar banho,
que assim seja,
quatro dias só na breja
Eu sou mais Cásper!
ooooooooooooooooooo
Cásper Líbero
Estou cantando as musiquinhas enquanto arrumo minhas malas e amanhã é pé na estrada....
Eu sou sempre Cásper
Lalalálálá
Sempre contigo Cásper
Lalalálálá
Só eu sei!
Porque eu não fico em caSAA
Comprei um quilo de farinha
pra fazer farofa
pra fazer farofa-fá
E tubarão pra mim é sardinha,
Metô é lá na roça,
Metô é lá na roça-çá
E na FAAP só galinha,
ECA nem de graça
ECA nem de graça-çá
E a BA pequenininha
a PUC é uma bosta
a PUC é uma bosta-tá
Olha nós de novo aí
Quatro dias sem dormir
Sem tomar banho,
que assim seja,
quatro dias só na breja
Eu sou mais Cásper!
ooooooooooooooooooo
Cásper Líbero
Estou cantando as musiquinhas enquanto arrumo minhas malas e amanhã é pé na estrada....
terça-feira, 20 de maio de 2008
O cão da delegacia
Ontem, depois de uma experiência ruim, mas não terrível, fui para a delegacia fazer o boletim de ocorrência do roubo do meu carro. Fico impressionada como o ambiente das delegacias é pesado, realmente horrível. As pessoas que estão lá ou sofreram ou cometeram um crime e os funcionários não têm a mínima estrutura para trabalhar. Eles têm de passar o dia escutando uma incansável impressora matricial muito, mas muito barulhenta.
Porém, como tudo que aconteceu no dia de ontem, minha visita à delegacia também poderia ter sido muito pior. Isso porque, além de não demorar seis horas para fazer um B.O. (caso a mulher que estava na minha frente na fila), tive uma companhia especial ao meu lado. Lógico que a presença da família em peso foi o que me manteve de pé. Mas um pequeno vira-lata preto e marrom, que se encostou na minha perna e depois sentou na cadeira ao meu lado fez a diferença.
É a segunda vez que eu tenho essa sensação. Em agosto do ano passado, quando passei por uma situação muito parecida, lembro de olhar para as minhas cachorras e achar um conforto diferente. Eu tento entender porque me sinto assim. Acho que é porque quando alguém rouba algo de você, acima da frustração pela perda material há uma frustração profunda com as pessoas em geral. Normalmente, tentamos ignorar a existência de pessoas violentas, mesquinhas ou simplesmente desesperadas. Vivemos nossas vidas paralelamente à delas e quando acontece de você dar de frente com uma pessoas assim, o choque é inevitável.
Nessas situações, quando olhamos para os olhos dos cachorros vemos uma inocência que nos parecia perdida. Acho que o que eu queria mesmo era continuar como aquele cachorrinho no banco da delegacia: ignorando todas as maldades do mundo!
Porém, como tudo que aconteceu no dia de ontem, minha visita à delegacia também poderia ter sido muito pior. Isso porque, além de não demorar seis horas para fazer um B.O. (caso a mulher que estava na minha frente na fila), tive uma companhia especial ao meu lado. Lógico que a presença da família em peso foi o que me manteve de pé. Mas um pequeno vira-lata preto e marrom, que se encostou na minha perna e depois sentou na cadeira ao meu lado fez a diferença.
É a segunda vez que eu tenho essa sensação. Em agosto do ano passado, quando passei por uma situação muito parecida, lembro de olhar para as minhas cachorras e achar um conforto diferente. Eu tento entender porque me sinto assim. Acho que é porque quando alguém rouba algo de você, acima da frustração pela perda material há uma frustração profunda com as pessoas em geral. Normalmente, tentamos ignorar a existência de pessoas violentas, mesquinhas ou simplesmente desesperadas. Vivemos nossas vidas paralelamente à delas e quando acontece de você dar de frente com uma pessoas assim, o choque é inevitável.
Nessas situações, quando olhamos para os olhos dos cachorros vemos uma inocência que nos parecia perdida. Acho que o que eu queria mesmo era continuar como aquele cachorrinho no banco da delegacia: ignorando todas as maldades do mundo!
segunda-feira, 12 de maio de 2008
Eu quero....
...passar uma temporada em Descansópolis!
Hoje eu descobri meu mais novo destino dos sonhos. Além do nome perfeito - Descansópolis - pude constatar pelos resultados da minha pesquisa no Google imagens (fotos acima) que a vista também não é de se jogar fora.
Parece que esta maravilha da natureza fica em Campos do Jordão. Então, eu raciocinei: eu preciso de uma folguinha urgente. Além disso, daqui a poucos dias essa cidade vai ficar insuportavelmente cheia.
Portanto, minha conclusão é que eu devia mesmo era fugir para uma temporada em Descansópolis agora!
Hoje eu descobri meu mais novo destino dos sonhos. Além do nome perfeito - Descansópolis - pude constatar pelos resultados da minha pesquisa no Google imagens (fotos acima) que a vista também não é de se jogar fora.
Parece que esta maravilha da natureza fica em Campos do Jordão. Então, eu raciocinei: eu preciso de uma folguinha urgente. Além disso, daqui a poucos dias essa cidade vai ficar insuportavelmente cheia.
Portanto, minha conclusão é que eu devia mesmo era fugir para uma temporada em Descansópolis agora!
quarta-feira, 7 de maio de 2008
A viagem em cliques
Para mim, Vitória é:
Andar de elevador sem térreo
Ter vista para o mar
Ver a bicicletada da janela
Se sentir pequenininho embaixo da Pedra Azul
Se apaixonar por Guarapari mesmo com o tempo nublado
Se deslumbrar com a vista do Convento da Penha
Não comer 90 de 100 sabores de pastel. Com destaque para um que chama PF e leva: frango, carne, presunto, queijo, milho, catupiry e, lógico, banana!
Ver um monte de macaco de pertinho
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Te conheço?
Ontem encontrei uma pessoa que até agora não consigo acreditar. Estou realmente impressionada. Como é possível você conversar como uma pessoa cinco minutos e já chegar à conclusão que nunca mais quer vê-la na sua vida.
Não tenho nem como descrever esta criatura, por isso deixo trechos do diálogo que tivemos. O cenário: um restaurante chiquinho de Guarapari.
- Você é da Veja, né?
- Sou.
- Ai, eu também sou jornalista. Na verdade sou telejornalista, trabalho na retransmissora local da Globo, TV não sei o que e blá, blá, blá, blá. Mas vim falar com você porque eu conheço todas as meninas que estão trabalhando para a Veja aqui em Vitória, então se você quiser saber alguma coisa...
- Ah, é? Que legal. Obrigada, se precisar falo com você (NOT!).
- Pode perguntar porque eu sei tudo sobre esse restaurante. A mamãe adora o franguinho grelhado daqui, e quando o chef faz pizza então... melhores que as de São Paulo.
- Ok. Obrigada.
- Eles ganharam, né? Melhor do litoral?
- Ganharam. Na edição do ano passado.
- Não, na desse ano.
- Não sei. Os jurados ainda estão votando e o resultado ainda não foi divulgado.
- Mas as meninas me falaram que quando vem uma jornalista de São Paulo é porque a casa ganhou.
A dona do restaurante, que presenciou toda a conversa e já tinha começado a ficar constrangida:
- Deu para você ver como serve o prato, né?
- Deu sim. Ficou bem bonito.
- Você vai comer, né? Você não pode sair daqui sem provar um pouquinho da comida deles.
- Não, eu não como nos restaurantes que eu visito. Política da editora.
- Ai, você teeeeeeem que comeeeeeer. Como assim? Sente esse cheirinho, olha que prato lindo. Não dá para não comer.
- Não, eu não vou comer aqui.
Mais uma interrupção da proprietária que agora já estava constrangidíssima:
- Ela disse que não pode. Ela volta outro dia com mais calma, quando não estiver trabalhando.
- Ai peraí, você não vai me dizer que quer ser tão imparcial que só vai comer McDonald’s e Bob’s todo dia enquanto estiver aqui?
- Eu vim visitar algumas casas e não vou comer em nenhuma delas enquanto estiver aqui trabalhando.
- Mas olha, faz assim. Você anota aí tudinho, fecha a caneta, fecha o bloquinho e pronto. Acabou. Você não está mais aqui como jornalista.
- Eu não vou almoçar aqui. Ainda tenho que visitar outros lugares hoje.
Tive que sair andando, não encontrei outra solução, mas minha vontade era mesmo virar e falar: “Me desculpa, mas eu te conheço?”
O melhor de tudo foi quando entrei no carro do seu Geraldinho, um taxista gordinho e engraçadíssimo que estava me dando uma caroninha, e contei a história. A resposta dele: “Ai, eu vi ela lá dentro, bem que eu tinha reconhecido. Mas ela não é boa jornalista não, outro dia vi ela na TV e ela não faz nada direito”. Tadinho, ele falou isso só para ser bonzinho, mas foi bonitinho.
E agora também, só de birra, acabei de almoçar McDonald's e se eu fosse ficar até amanhã, jantava Bob's!!
Não tenho nem como descrever esta criatura, por isso deixo trechos do diálogo que tivemos. O cenário: um restaurante chiquinho de Guarapari.
- Você é da Veja, né?
- Sou.
- Ai, eu também sou jornalista. Na verdade sou telejornalista, trabalho na retransmissora local da Globo, TV não sei o que e blá, blá, blá, blá. Mas vim falar com você porque eu conheço todas as meninas que estão trabalhando para a Veja aqui em Vitória, então se você quiser saber alguma coisa...
- Ah, é? Que legal. Obrigada, se precisar falo com você (NOT!).
- Pode perguntar porque eu sei tudo sobre esse restaurante. A mamãe adora o franguinho grelhado daqui, e quando o chef faz pizza então... melhores que as de São Paulo.
- Ok. Obrigada.
- Eles ganharam, né? Melhor do litoral?
- Ganharam. Na edição do ano passado.
- Não, na desse ano.
- Não sei. Os jurados ainda estão votando e o resultado ainda não foi divulgado.
- Mas as meninas me falaram que quando vem uma jornalista de São Paulo é porque a casa ganhou.
A dona do restaurante, que presenciou toda a conversa e já tinha começado a ficar constrangida:
- Deu para você ver como serve o prato, né?
- Deu sim. Ficou bem bonito.
- Você vai comer, né? Você não pode sair daqui sem provar um pouquinho da comida deles.
- Não, eu não como nos restaurantes que eu visito. Política da editora.
- Ai, você teeeeeeem que comeeeeeer. Como assim? Sente esse cheirinho, olha que prato lindo. Não dá para não comer.
- Não, eu não vou comer aqui.
Mais uma interrupção da proprietária que agora já estava constrangidíssima:
- Ela disse que não pode. Ela volta outro dia com mais calma, quando não estiver trabalhando.
- Ai peraí, você não vai me dizer que quer ser tão imparcial que só vai comer McDonald’s e Bob’s todo dia enquanto estiver aqui?
- Eu vim visitar algumas casas e não vou comer em nenhuma delas enquanto estiver aqui trabalhando.
- Mas olha, faz assim. Você anota aí tudinho, fecha a caneta, fecha o bloquinho e pronto. Acabou. Você não está mais aqui como jornalista.
- Eu não vou almoçar aqui. Ainda tenho que visitar outros lugares hoje.
Tive que sair andando, não encontrei outra solução, mas minha vontade era mesmo virar e falar: “Me desculpa, mas eu te conheço?”
O melhor de tudo foi quando entrei no carro do seu Geraldinho, um taxista gordinho e engraçadíssimo que estava me dando uma caroninha, e contei a história. A resposta dele: “Ai, eu vi ela lá dentro, bem que eu tinha reconhecido. Mas ela não é boa jornalista não, outro dia vi ela na TV e ela não faz nada direito”. Tadinho, ele falou isso só para ser bonzinho, mas foi bonitinho.
E agora também, só de birra, acabei de almoçar McDonald's e se eu fosse ficar até amanhã, jantava Bob's!!
Razões para gostar de Vitória
1 – Aqui tem praias por todos os lados.
2 – Todo restaurante, bar, boteco ou lanchonete tem uma varanda.
3 – As pessoas são meio loucas, falam o que vem na cabeça e conhecem todo mundo da cidade.
4 – O pessoal senta no bar às sete, troca de lugar no meio da noite e fica na balada até amanhecer.
5 – Os bares têm clima de boteco, não precisa nem se arrumar para sair.
6 – É só você chegar perto do cruzamento que todos os carros param para você atravessar.
Também existe a lista de “porque não gostar”. Mas até agora os prós superaram os contras.
OBS: Alguém sabia que os capixabas torcem para times cariocas? Porque eu não sabia e fiquei impressionadíssima quando comecei a ver multidões com camisas do Flamengo. Outros poucos torcedores do Botafogo me ajudaram a entender que não, eu não tinha cruzado com enormes excursões de turistas do Rio de Janeiro.
Sobre o post anterior: Sim, é a contagem das casas que eu tinha que visitar versus as que eu já conheci. Só um desabafo rápido depois de fazer as contas e pela primeira vez achar que ia realmente funcionar.
2 – Todo restaurante, bar, boteco ou lanchonete tem uma varanda.
3 – As pessoas são meio loucas, falam o que vem na cabeça e conhecem todo mundo da cidade.
4 – O pessoal senta no bar às sete, troca de lugar no meio da noite e fica na balada até amanhecer.
5 – Os bares têm clima de boteco, não precisa nem se arrumar para sair.
6 – É só você chegar perto do cruzamento que todos os carros param para você atravessar.
Também existe a lista de “porque não gostar”. Mas até agora os prós superaram os contras.
OBS: Alguém sabia que os capixabas torcem para times cariocas? Porque eu não sabia e fiquei impressionadíssima quando comecei a ver multidões com camisas do Flamengo. Outros poucos torcedores do Botafogo me ajudaram a entender que não, eu não tinha cruzado com enormes excursões de turistas do Rio de Janeiro.
Sobre o post anterior: Sim, é a contagem das casas que eu tinha que visitar versus as que eu já conheci. Só um desabafo rápido depois de fazer as contas e pela primeira vez achar que ia realmente funcionar.
domingo, 4 de maio de 2008
sábado, 3 de maio de 2008
Le menu
Às 18 horas de hoje, cheguei para visitar uma pastelaria em Vila Velha, cidade vizinha de Vitória. Problema: a casa só abria uma hora mais tarde porque o dono é adventista do sétimo dia. Acabei sentando num muquifo, misto de bar e restaurante, que ficava logo ao lado (única opção na avenida inteira). O nome do lugar? Águia marcante. E no cardápio:
- Queijo parmezan
- Espagueth
- Bacalhau gomi de sá
- Água perrie (não servia um prato decente mas tinha uma água de 7 reais)
- Coquitel
Consegui finalmente falar com o dono da pastelaria uma hora e quarenta depois. Bato o olho no cardápio e uma palavra se sobressai: BANANA. Olha só a variedade dos pastéis:
- Carne, frango e banana
- Frango, queijo e banana
- Fango com banana
- Queijo com banana
- Carne com banana
- Banana
Overdose? Parece que ainda não. Parto para a lanchonete seguinte e o que me aparece no menu?
- Sanduíche Dengosão: pão, duas salsichas, queijo, presunto e banana assada.
Esta fruta está me perseguindo, e não é de hoje...
- Queijo parmezan
- Espagueth
- Bacalhau gomi de sá
- Água perrie (não servia um prato decente mas tinha uma água de 7 reais)
- Coquitel
Consegui finalmente falar com o dono da pastelaria uma hora e quarenta depois. Bato o olho no cardápio e uma palavra se sobressai: BANANA. Olha só a variedade dos pastéis:
- Carne, frango e banana
- Frango, queijo e banana
- Fango com banana
- Queijo com banana
- Carne com banana
- Banana
Overdose? Parece que ainda não. Parto para a lanchonete seguinte e o que me aparece no menu?
- Sanduíche Dengosão: pão, duas salsichas, queijo, presunto e banana assada.
Esta fruta está me perseguindo, e não é de hoje...
quinta-feira, 1 de maio de 2008
Frases do dia
1 - Do nada, no meio da conversa sobre o restaurante, o proprietário da casa solta:
"Eu já fiz uma angioplastia, três pontes de safena, depois disso tive um enfarte e precisei fazer oito cateterismos. Casei e separei duas vezes, o que me custou três apartamentos."
Esse cara era realmente fantástico. Ele tem umas 1 000 fotos com gente famosa. Até com o vocalista do Molejo ele quis ser fotografado! E ele estava empolgadíssimo porque vai rolar uma Festa Cafona aqui e algumas das atrações são: Sidney Magal e Reginaldo Rossi...
2 - Almoçando uma massa com molho ao sugo que mais parecia chili de tão apimentado, escuto:
"Ela não comprava nem um starbucks pra filha dela só porque ela queria um sapato de 300 dólares. Sendo que em Nova York você consegue comprar sapatos bons até por 50 dólares"
Que problema! Essa mulher era realmente insuportável, ficava berrando tanto que quando eu pedi a conta ao garçom ele me disse:
"Depois que essa família sentou aqui você nem conseguiu mais ler a sua revista, né?!"
Não mesmo!
3 - Entro no táxi e, antes de mais nada, pergunto se o motorista pode me dar uma notinha com o valor da corrida. A resposta:
"Claro! No valor que você quiser."
Amigo, isso não é crime???
"Eu já fiz uma angioplastia, três pontes de safena, depois disso tive um enfarte e precisei fazer oito cateterismos. Casei e separei duas vezes, o que me custou três apartamentos."
Esse cara era realmente fantástico. Ele tem umas 1 000 fotos com gente famosa. Até com o vocalista do Molejo ele quis ser fotografado! E ele estava empolgadíssimo porque vai rolar uma Festa Cafona aqui e algumas das atrações são: Sidney Magal e Reginaldo Rossi...
2 - Almoçando uma massa com molho ao sugo que mais parecia chili de tão apimentado, escuto:
"Ela não comprava nem um starbucks pra filha dela só porque ela queria um sapato de 300 dólares. Sendo que em Nova York você consegue comprar sapatos bons até por 50 dólares"
Que problema! Essa mulher era realmente insuportável, ficava berrando tanto que quando eu pedi a conta ao garçom ele me disse:
"Depois que essa família sentou aqui você nem conseguiu mais ler a sua revista, né?!"
Não mesmo!
3 - Entro no táxi e, antes de mais nada, pergunto se o motorista pode me dar uma notinha com o valor da corrida. A resposta:
"Claro! No valor que você quiser."
Amigo, isso não é crime???
Lentidão
Ah, que pena! Acabou que eu passei um dia sem postar no meu bloguildo tão novinho. Eu vim agora, mas como já passou da meia-noite não conta mais.
Hoje, como toda véspera de feriado que se preze, peguei o maior trânsito do mundo para voltar do trabalho. E, como sempre, depois de levar uma fechada de um ônibus enorme, uma costurada de um taxista apressado e um xingo do motoboy que por alí passava, acabei parada no engarrafamento da Marginal Pinheiros.
Estava morrendo de pressa, mas como não tinha nada melhor para fazer, resolvi tirar umas fotos aleatórias para me distrair. Um dos resultados foi essa imagem aí em cima. Acabou que eu gostei. Nem parece que estou na maior lentidão, no meio de um monte de gente estressada. Ficou colorida, iluminada e agitada... esse é o espírito!
Hoje, como toda véspera de feriado que se preze, peguei o maior trânsito do mundo para voltar do trabalho. E, como sempre, depois de levar uma fechada de um ônibus enorme, uma costurada de um taxista apressado e um xingo do motoboy que por alí passava, acabei parada no engarrafamento da Marginal Pinheiros.
Estava morrendo de pressa, mas como não tinha nada melhor para fazer, resolvi tirar umas fotos aleatórias para me distrair. Um dos resultados foi essa imagem aí em cima. Acabou que eu gostei. Nem parece que estou na maior lentidão, no meio de um monte de gente estressada. Ficou colorida, iluminada e agitada... esse é o espírito!
terça-feira, 29 de abril de 2008
It´s official
Agora é oficial, vou mesmo para Vitória. Meu vôo sai na quinta às 8:45h e eu estou com muito frio na barriga! Mas pela foto a cidade parece ser bem bonita, né? Espero que não esteja muito sol para eu não ficar morrendo de vontade de ir para a praia!
PS: Mudei o nome do blog. Agora é só Bloguildo! Dois motivos básicos me levaram a isso:
1) O nome estava simplesmente impronunciável
2) Uma piadinha muito sem graça chegou aos meus ouvidos mais de uma vez ; )
Mas, pronto! Resolvido!
PS: Mudei o nome do blog. Agora é só Bloguildo! Dois motivos básicos me levaram a isso:
1) O nome estava simplesmente impronunciável
2) Uma piadinha muito sem graça chegou aos meus ouvidos mais de uma vez ; )
Mas, pronto! Resolvido!
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Nhoque nhoque
Estava fazendo uma pesquisa para o trabalho hoje e minha missão era descobrir a origem do costume de comer nhoque no dia 29 como uma forma de obter sorte e fortuna. Descobri que esta tradição é bem antiga, começou na Itália e chegou ao Brasil com os imigrantes.
Não acredito muito nessas simpatias e superstições, mas encontrei uma história muito bonitinha. Na verdade, existem algumas variações do conto que inspirou este costume, mas o enredo e a moral da história são iguais. Como gostei bastante, aí vai:
Diz a lenda que um nobre italiano, entediado com sua confortável vida, encheu um saco com moedas de ouro e saiu pelo mundo. Depois de muito tempo caminhando e gastando todo o seu dinheiro, ficou com a aparência de um mendigo. Cansado e sem dinheiro, bateu à porta de um casebre e pediu comida. O camponês que morava ali ofereceu um banho quente e um prato com uma massa feita com batatas - a única coisa que ele tinha para ofertar.
Durante o banho, o nobre encontrou uma última moeda de ouro em seu bolso. Depois de comer o nhoque com molho de tomate, ele escondeu a moeda sob o prato e seguiu seu destino. O camponês encontrou o dinheiro e a partir daí prosperou muito.
Não é bonitinha? É uma espécie de "A Bela e a Fera meets Robin Hood". Eu virei adepta do nhoque no dia 29. É muito provável que eu nem coma amanhã e nem no mês que vem, porque sempre acabo esquecendo que dia 29 é dia 29 e que dia 29 é dia de nhoque, mas apóio a comilança!
E também lembrei que hoje, dia 28 de abril, estou a exatamente um mês de completar 22 anos. Frio na barriga! E, como muitos acreditam, hoje estou entrando no meu inferno astral. Mas como não há uma historinha bonitinha por trás dessa superstição, eu vou fazer questão de ignorá-la! Só acredito nas simpatias ou superstições que sejam inspiradas em contos de fadas. É meu novo lema!
Não acredito muito nessas simpatias e superstições, mas encontrei uma história muito bonitinha. Na verdade, existem algumas variações do conto que inspirou este costume, mas o enredo e a moral da história são iguais. Como gostei bastante, aí vai:
Diz a lenda que um nobre italiano, entediado com sua confortável vida, encheu um saco com moedas de ouro e saiu pelo mundo. Depois de muito tempo caminhando e gastando todo o seu dinheiro, ficou com a aparência de um mendigo. Cansado e sem dinheiro, bateu à porta de um casebre e pediu comida. O camponês que morava ali ofereceu um banho quente e um prato com uma massa feita com batatas - a única coisa que ele tinha para ofertar.
Durante o banho, o nobre encontrou uma última moeda de ouro em seu bolso. Depois de comer o nhoque com molho de tomate, ele escondeu a moeda sob o prato e seguiu seu destino. O camponês encontrou o dinheiro e a partir daí prosperou muito.
Não é bonitinha? É uma espécie de "A Bela e a Fera meets Robin Hood". Eu virei adepta do nhoque no dia 29. É muito provável que eu nem coma amanhã e nem no mês que vem, porque sempre acabo esquecendo que dia 29 é dia 29 e que dia 29 é dia de nhoque, mas apóio a comilança!
E também lembrei que hoje, dia 28 de abril, estou a exatamente um mês de completar 22 anos. Frio na barriga! E, como muitos acreditam, hoje estou entrando no meu inferno astral. Mas como não há uma historinha bonitinha por trás dessa superstição, eu vou fazer questão de ignorá-la! Só acredito nas simpatias ou superstições que sejam inspiradas em contos de fadas. É meu novo lema!
A apresentação que nunca aconteceu
Ainda bem que a gente não ficou aguardando a segunda apresentação do Générik Vapeur na madrugada de domingo. Acabo de ler no jornal que a performance foi cancelada pela PM.
Só espero que o cancelamento não tenha ocorrido só porque o carro que a trupe destrói no final da coreografia era pintado como uma viatura policial. Não acho que isso incitaria o público a destruir carros de polícia.
Aí vai a nota publicada na Folha de S.Paulo:
Grupo francês tem sessão cancelada
VALMIR SANTOS
Para a companhia Générik Vapeur, polícia impediu encenação; PM diz que houve "sugestão em comum acordo'
O secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil, admitiu que a polícia tomou um "susto" e disse que a ferida de 2007 ainda está aberta
Uma das atrações de artes cênicas mais aguardadas na Virada, a companhia francesa de teatro de rua Générik Vapeur teve cancelada a segunda apresentação de "Bivouac" (prevista para as 3h30 de ontem). Para os franceses, a Polícia Militar impediu a encenação. De acordo com a polícia, houve uma "sugestão em comum acordo".
Segundo o adido cultural da França em São Paulo, Philipe Ariagno, a PM implicou com a atuação do grupo, que atraiu centenas de espectadores na primeira sessão, às 21h30 de sábado. A apresentação alternou instantes de correria e concentração, em meio a efeitos de fogos de artifício, gelo seco e o agito da música tocada ao vivo. Os atores do grupo criavam uma espécie de coreografia com a multidão, ora erguendo latões, ora arrastando-os.
A outra sessão foi adiada, segundo o setor de comunicação da PM, porque havia receio de que alguém se machucasse. "O coronel sugeriu, em comum acordo com a organização, que não repetissem toda a performance em deslocamento porque, naquele momento, a concentração era muito grande", disse ontem, por telefone, a coronel Maria Aparecida de Carvalho Yamamoto, da Comunicação Social da PM. "Foi só uma sugestão. Em nenhum momento a PM impediu."
"Não dimensionamos bem a quantidade de gente e de carros [estacionados] no percurso. Quando acabou [a primeira sessão], imediatamente fui advertido [pela PM] de que teríamos de fazer modificações", disse o secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil.
A Folha apurou que o que mais incomodou o comando da PM foi a cena final, quando uma pirâmide de 102 latões foi derrubada e, por trás dela, surgiu um carro demolido, cuja pintura e a grafia "police" remetiam às viaturas de filmes hollywoodianos. Segundo Ariagno, a PM condicionou a segunda sessão à retirada da alusão à viatura e à execução do som apenas sob o viaduto do Chá. A companhia aceitou a primeira (a palavra "police" foi apagada), mas achou que a falta de som descaracterizaria completamente o espetáculo.
"A solicitação era para que tirassem o adesivo, porque era a simulação de uma viatura sendo destruída. Havia receio de que isso incitasse a população a fazer o mesmo em outros veículos", disse Yamamoto.
Calil, que tentou negociar com o comando da PM durante a madrugada, admite que a polícia tomou um "susto". "A ferida do ano passado ainda está aberta. Não podemos ser ingênuos para que a festa não tenha contaminações desnecessárias", disse, aludindo ao tumulto ocorrido em 2007 na Sé.
Só espero que o cancelamento não tenha ocorrido só porque o carro que a trupe destrói no final da coreografia era pintado como uma viatura policial. Não acho que isso incitaria o público a destruir carros de polícia.
Aí vai a nota publicada na Folha de S.Paulo:
Grupo francês tem sessão cancelada
VALMIR SANTOS
Para a companhia Générik Vapeur, polícia impediu encenação; PM diz que houve "sugestão em comum acordo'
O secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil, admitiu que a polícia tomou um "susto" e disse que a ferida de 2007 ainda está aberta
Uma das atrações de artes cênicas mais aguardadas na Virada, a companhia francesa de teatro de rua Générik Vapeur teve cancelada a segunda apresentação de "Bivouac" (prevista para as 3h30 de ontem). Para os franceses, a Polícia Militar impediu a encenação. De acordo com a polícia, houve uma "sugestão em comum acordo".
Segundo o adido cultural da França em São Paulo, Philipe Ariagno, a PM implicou com a atuação do grupo, que atraiu centenas de espectadores na primeira sessão, às 21h30 de sábado. A apresentação alternou instantes de correria e concentração, em meio a efeitos de fogos de artifício, gelo seco e o agito da música tocada ao vivo. Os atores do grupo criavam uma espécie de coreografia com a multidão, ora erguendo latões, ora arrastando-os.
A outra sessão foi adiada, segundo o setor de comunicação da PM, porque havia receio de que alguém se machucasse. "O coronel sugeriu, em comum acordo com a organização, que não repetissem toda a performance em deslocamento porque, naquele momento, a concentração era muito grande", disse ontem, por telefone, a coronel Maria Aparecida de Carvalho Yamamoto, da Comunicação Social da PM. "Foi só uma sugestão. Em nenhum momento a PM impediu."
"Não dimensionamos bem a quantidade de gente e de carros [estacionados] no percurso. Quando acabou [a primeira sessão], imediatamente fui advertido [pela PM] de que teríamos de fazer modificações", disse o secretário municipal de Cultura, Carlos Augusto Calil.
A Folha apurou que o que mais incomodou o comando da PM foi a cena final, quando uma pirâmide de 102 latões foi derrubada e, por trás dela, surgiu um carro demolido, cuja pintura e a grafia "police" remetiam às viaturas de filmes hollywoodianos. Segundo Ariagno, a PM condicionou a segunda sessão à retirada da alusão à viatura e à execução do som apenas sob o viaduto do Chá. A companhia aceitou a primeira (a palavra "police" foi apagada), mas achou que a falta de som descaracterizaria completamente o espetáculo.
"A solicitação era para que tirassem o adesivo, porque era a simulação de uma viatura sendo destruída. Havia receio de que isso incitasse a população a fazer o mesmo em outros veículos", disse Yamamoto.
Calil, que tentou negociar com o comando da PM durante a madrugada, admite que a polícia tomou um "susto". "A ferida do ano passado ainda está aberta. Não podemos ser ingênuos para que a festa não tenha contaminações desnecessárias", disse, aludindo ao tumulto ocorrido em 2007 na Sé.
domingo, 27 de abril de 2008
Sobre vampiros e homens azuis
Ontem foi dia de Virada Cultural. Na verdade hoje também. Até poucas horas atrás, a cidade ainda estava em polvorosa com as centenas de atrações gratuitas. Resolvemos, então, partir para o centro da cidade em busca de um programinha diferente para o sábado a noite. Nosso destino: a Galeria Olido, onde alguns filmes da Mostra Internacional de Cinema e outros sobre vampiros estavam sendo exibidos.
Poucos minutos antes de entrarmos na primeira sessão, vimos uma movimentação na rua e, de repente, avisto um homem empoleirado em cima de um telefone público. Ele tinha o rosto, os braços e as pernas cobertos de tinta azul e vestia um terno cinza. Que é isso? Corremos para fora e todos olhavam para cima. Um susto! Outros quatro homenzinhos azuis desciam o prédio da Galeria Olido amarrados em cordas. Eles não deslizavam calmamente (maneira que eu já acharia perigosa), mas saltavam e pulavam dando voltas no ar.
Ficamos observando extasiados até que eles chegassem ao solo. Bem verdade que, antes de concluir a arriscada missão, tiraram umas finas das cabeça na platéia. No final, acabamos não conseguindo ver a performance inteira porque nosso filme estava prestes a começar. Ficamos sabendo depois que o show incluiria ainda uma grande pirâmide e um carro em chamas.
Mais tarde, acabamos encontrando com os acrobatas no camarim, que ficava dentro da própria galeria, mas descobrimos que a próxima apresentação só começaria às três e meia da manhã. Decidimos não esperar. O resultado foi um enorme gostinho de quero mais! O grupo se chama Générik Vapeur e é composto por artistas franceses. Sabendo disso, fica ainda mais difícil imaginar quando poderemos vê-los de novo!
Enquanto isso... um trechinho da Bivouac, mesma coreografia apresentada na Virada.
Conclusão 1: acho queria ter uma profissão assim. Saltar de uns prédios, sair correndo na rua...
Conclusão 2: o filme argentino sobre vampiros que vimos era o mais trash de todos os tempos. Mas também um dos mais engraçados que eu já vi na vida. Tão tosco que é bom, sabe?
Poucos minutos antes de entrarmos na primeira sessão, vimos uma movimentação na rua e, de repente, avisto um homem empoleirado em cima de um telefone público. Ele tinha o rosto, os braços e as pernas cobertos de tinta azul e vestia um terno cinza. Que é isso? Corremos para fora e todos olhavam para cima. Um susto! Outros quatro homenzinhos azuis desciam o prédio da Galeria Olido amarrados em cordas. Eles não deslizavam calmamente (maneira que eu já acharia perigosa), mas saltavam e pulavam dando voltas no ar.
Ficamos observando extasiados até que eles chegassem ao solo. Bem verdade que, antes de concluir a arriscada missão, tiraram umas finas das cabeça na platéia. No final, acabamos não conseguindo ver a performance inteira porque nosso filme estava prestes a começar. Ficamos sabendo depois que o show incluiria ainda uma grande pirâmide e um carro em chamas.
Mais tarde, acabamos encontrando com os acrobatas no camarim, que ficava dentro da própria galeria, mas descobrimos que a próxima apresentação só começaria às três e meia da manhã. Decidimos não esperar. O resultado foi um enorme gostinho de quero mais! O grupo se chama Générik Vapeur e é composto por artistas franceses. Sabendo disso, fica ainda mais difícil imaginar quando poderemos vê-los de novo!
Enquanto isso... um trechinho da Bivouac, mesma coreografia apresentada na Virada.
Conclusão 1: acho queria ter uma profissão assim. Saltar de uns prédios, sair correndo na rua...
Conclusão 2: o filme argentino sobre vampiros que vimos era o mais trash de todos os tempos. Mas também um dos mais engraçados que eu já vi na vida. Tão tosco que é bom, sabe?
Assinar:
Postagens (Atom)